sábado, 9 de outubro de 2010

Alterações da pele conforme a idade

O envelhecimento da pele é um processo progressivo e suas causas ainda não são totalmente conhecidas. 
Sabe-se que a genética tem papel importante, assim como a oxidação, o Sol e o cigarro.






O envelhecimento está relacionado com a perda da capacidade funcional e de reserva, mudança da resposta celular aos estímulos, perda da capacidade de reparação e predisposição do organismo à doença. As células humanas têm capacidade finita de reprodução, entrando, então, no processo chamado senescência. A idade é paralela à senescência celular e tem o mesmo controle genético. Existem exceções, como células germinativas ou "stem cells" e células cancerosas que se reproduzem sem parar influenciadas por mecanismos desconhecidos.

No envelhecimento do organismo há queda dos hormônios de uma maneira geral. Ocorre a andropausa, com diminuição dos andrógenos, a menopausa com menos quantidade de estrógenos e também a chamada somatopausa, com rebaixamento do nível do hormônio do crescimento. Este é produzido, durante o sono, pela glândula pituitária, em grande quantidade na puberdade. Sua diminuição provoca perda da massa e aumento do depósito de gordura. Homens de mais de 60 anos, quando tratados com hormônio do crescimento, aumentaram a massa muscular, perderam excesso de gordura e aumentaram o tônus da pele. A reposição do hormônio do crescimento vem sendo cogitada em certas situações específicas.



A pele possui dois tipos de envelhecimento: intrínseco (cronológico) e extrínseco (fotoenvelhecimento). O primeiro representa aquele comum aos órgãos e o segundo mais intenso e evidente, é o que ocorre devido aos danos causados pela radiação ultra-violeta. Existem diferenças marcantes entre os dois processos de envelhecimento, que são coerentes com as alterações bioquímicas e moleculares. No envelhecimento pela idade, a textura da pele é lisa, homogênea, suave e com atrofia (diminuição da espessura), menor número de manchas e discreta formação de rugas. No fotoenvelhecimento, a superfície da cutis é áspera, nodular, espassada, com inúmeras manchas e rugas profundas e demarcadas.

A partir dos 30 anos, as células que colorem a superfície da pele, chamadas de melanócitos, diminuem de 10 a 20% a cada década. Com isso, os melanócitos que ficam se coram mais. Os raios solares nocivos aumentam o número dessas células de maneira errada, causando as manchas senis, outro sinal do envelhecimento cutâneo.
As glândulas sebáceas produzem menor quantidade de gordura. Os homens apresentam uma diminuição mínima, em geral, após os 80 anos, enquanto as mulheres passam a produzir gradualmente menos gordura após a menopausa. Essa diminuição pode tornar mais difícil manter a hidratação da pele, causando ressecamento.
A camada de gordura subcutânea, que proporciona isolamento e amortecimento, torna-se fina, aumentando o risco de lesões à pele e aos vasos sangüíneos da camada media, que tornam-se mais expostos a traumas, o que por sua vez provoca equimoses (manchas roxas).
Compreenda o processo de envelhecimento da pele conforme a idade:
A partir dos 20 anos - Começam a aparecer os primeiros sinais do tempo. Surgem marcas muito finas, principalmente ao redor dos olhos e da boca. Nessa faixa etária, é comum a ocorrência de peles com graus de oleosidade e acne. Nesta fase os tratamentos priorizam a prevenção contra o envelhecimento.

A partir dos 30 anos - Os sinais iniciais do envelhecimento começam a ser notados. Começam a as primeiras rugas. As fibras de e elastina começam a sofrer alterações na produção e regulação, com efeitos prejudiciais em sua qualidade e quantidade. Em razão dessas alterações, começa o processo diminuição da densidade cutânea, com a perda de firmeza e elasticidade, afetando contorno do rosto. A renovação celular e a hidratação natural da pele começam a diminuir. Nesta faixa etária deve-se tratar a pele para estimular suas funções, prevenindo ou diminuindo os efeitos que se acentuarão com o passar do tempo. 
A partir dos 45 anos - Os sinais do tempo já são bem visíveis, com linhas de expressão e rugas acentuadas. A alteração na produção das fibras de colágeno e elastina aumenta e as fibras desorganizam-se. A renovação celular torna-se irregular a pele vai perdendo cada vez mais sua hidrataçãonatural.A queda natural na produção de hormônios traz ainda mais prejuízo a todas as funções da pele. Todas essas alterações fazem com que ocorra perda em sua densidade, firmeza e elasticidade.

A partir dos 60 anos - A pele, como um todo, está bem comprometida, com todos seus sinais bem aparentes: as rugas acentuadas, a perda da elasticidade e da firmeza é perceptível e ela se torna muito mais fina, flácida, frágil, desidratada e desprotegida. A renovação celular é bastante deficiente. A contínua diminuição das taxas hormonais impossibilita a recuperação natural da pele. É a fase em que os ativos que combatem os sinais do tempo são mais necessários a sua revitalização.

Para combater o processo de envelhecimento da pele é necessário entender os fatores que levam a esse processo e iniciar o quanto antes as medidas de prevenção, sempre sob orientação de seu dermatologista.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dismorfofobia

A dismorfofobia, também denominada transtorno dismórfico corporal ou síndrome da distorção da imagem, é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física. Esta fobia de ter um aspecto anormal é observada com mais frequência nos adolescentes, de ambos os sexos, estando relacionada com as transformações ocorridas na puberdade. Pode ocorrer também em adultos (neste caso com mais frequencia em mulheres, embora homens também sejam acometidos).
A fobia de deformação física é um quadro clínico bastante frequente. Quem sofre a convicção obsessiva de ter uma parte ou todo corpo deformado se angustia com sua suposta "feiúra" e tendem a deixar que minúsculas imperfeições assumam uma importância desmesurada. Afeta pessoas atraentes e não atraentes. As queixas podem concretizar-se em qualquer parte do corpo; as pesquisas demonstram que em 45% dos casos, a queixa centra-se no nariz, embora as alterações, imaginarias ou mínimas, podem também se referir à cara (espinhas, boca, mandíbula), barriga, cabelo, busto, pés, mãos, genitais, pernas, ao peso, estatura, etc.
Na sociedade atual, a forma mais frequente de dismorfofobia é em relação ao peso corporal. Pessoas com peso adequado para sua altura e faixa etária consideram-se acima do peso, submetendo-se a regimes de fome, uso de medicamentos, vômitos forçados e exercícios físicos em excesso.
Outras formas de dismorfofobia consistem em: valorização excessiva de cicatrizes e marcas mínimas e praticamente imperceptíveis (a pessoa se sente deformada, sente que a lesão é vista por todos e que ela atrapalha sua vida, como consequencia evitando sair de casa, ou abusando de maquiagens corretivas) , procura doentia por tratamentos estéticos (cirurgias plásticas, tratamentos de rejuvenescimento), ideação irreal de envelhecimento (uma mulher de 40 anos, por exemplo, que se considera tão enrugada e envelhecida como uma de 90).
A característica principal da dismorfofobia é que a opinião do paciente a respeito de sua própria aparência não é compartilhada pela opinião geral do meio em que vive. No entanto, o paciente não enxerga que ele é absolutamente normal, e insiste em sua ideação de inadequação física, resistente a argumentações.
O tratamento é bastante difícil, pois grande parte dos pacientes não se aceita portador deste diagnóstico. A maioria justifica-se como sendo "vaidosa" e classifica-se positivamente quanto a cuidar da aparência. No entanto, para o paciente, a dismorfofobia é fonte de grande sofrimento e angústia com sua aparência própria.
O tratamento consiste em psicoterapia, longa e trabalhosa, e muitas vezes é necessário o uso de medicamentos para apoio dos sentimentos depressivos que acompanham o quadro.